O conhecimento do património cultural por parte dos cidadãos é a chave para a sua conservação e transmissão Às gerações futuras. Além disso, este património pode converter-se num interessante recurso económico para o seu entorno imediato. Assim, com o objetivo de dar a conhecer a excepcionalidade destas manifestações artísticas e promover o aumento de visitantes, realizar-se-ão uma série de atividades expositivas, formativas e divulgativas, complementares à já oferecida nos centros museográficos dos sítios.
Prevê-se no projeto a concepção e realização de diferentes exposições que têm como objetivo divulgar as manifestações artísticas do Vale do Côa e Siega Verde e que itinerariam por diferentes lugares ligados à arte paleolítica de Espanha, Portugal e França. Estava também prevista uma exposição de maior envergadura sobre a arte rupestre paleolítica a expor nas capitais de ambos os países. Esta exposição inclui reproduções de arte rupestre, peças móveis originais, utensílios pré-históricos, assim como diferentes recursos que servem para mostrar os valores naturais e patrimoniais dos sítios e dos territórios onde se inserem. O guião e concepção da exposição, sob a direção conjunta de uma equipa transfronteiriça, realizou-se em 2020, a produção em 2021 e 2022, tendo-se encetado a itinerância em 2022.
Em 2020, elaboraram-se duas exposições temporárias cujo objetivo era dar a conhecer ao maior número de pessoas os sítios do Vale do Côa e Siega Verde. Estas exposições, itineraram por diversos lugares.
Pretende-se, com esta ação, sensibilizar os cidadãos, particularmente os estudantes e populações das imediações dos sítios, para as políticas de conservação do património arqueológico. Com este objetivo em vista, prevê-se a concepção de material didático, a realização de conferências nos centros educativos e de oficinas sobre a arte paleolítica, direcionados de forma a fomentar a divulgação e promoção dos sítios.
Elaborar-se-á um guia sobre os sítios arqueológicos, suas caraterísticas e os resultados da investigação, assim como um mapa do território transfronteiriço no qual se reflita o amplo conjunto de singulares recursos culturais e naturais que aí se localizam. Nos sítios arqueológicos propriamente ditos, pretende-se diversificar a forma de mediação, promovendo-se as visitas noturnas teatralizadas ou concertos, organizados em colaboração com escolas de música e grupos da zona transfronteiriça, baseados nos conhecimentos que temos das possíveis formas de música no Paleolítico. Para além disso, realizar-se-á uma jornada de difusão cultural e turística da Zona Arqueológica de Siega Verde, em Salamanca, denominada “Paleolítico en la calle” (Paleolítico na rua).
