O Museu do Abade de Baçal está situado no centro histórico de Bragança, no edifício do jardim do antigo Palácio do Bispo, declarado como bem de interesse público em 1986.

Este edifício do século XVII foi inicialmente projetado como palácio do Bispo, mas foi abandonado pelos bispos de Bragança e Miranda após a implantação da República. Em 1915, passou a acolher o Museu Regional de Obras de Arte, Peças Arqueológicas e Numismática de Bragança, mas a coexistência desta utilização com a de outros serviços já existentes agravou a degradação do edifício. Por este motivo, sucederam-se intervenções pontuais, com vista não só à reparação e conservação do edifício, como também à adaptação dos seus espaços para fins museológicos.

Em resultado das várias alterações sofridas ao longo dos últimos séculos, surgiu em 1993 a necessidade de uma intervenção atualizada no conjunto do edifício que, não desvalorizando as anteriores, permitiu uma remodelação global e supriu as graves carências museológicas do Museu do Abade de Baçal. O edifício é, portanto, utilizado para fins museológicos, sendo o acesso dos visitantes limitado aos meses entre maio e setembro.

Durante as obras realizadas entre 1992 e 2006, o Museu do Abade de Baçal dotou o edifício de sistemas de ventilação, climatização e humidificação para conforto dos visitantes e como garantia de conservação das coleções.

Relativamente ao consumo energético, este divide-se entre o consumo elétrico e de gás natural para a climatização do edifício. Para a iluminação, são utilizadas lâmpadas de halogéneo e LED, contribuindo para cerca de 54% da despesa energética. A climatização, responsável pelos restantes 46%, é conseguida através de piso radiante tradicional, combinado com um sistema de tratamento do ar. Nalgumas zonas, estes sistemas encontram-se fora de serviço, sendo substituídos por radiadores a óleo que contribuem para o consumo elétrico final.